ANATOMIA
Como todo inseto, as abelhas possuem três pares de patas. Utiliza o primeiro para limpar as antenas, protegendo-as da poeira. O segundo serve de apoio para o seu corpo e o terceiro par é chamado depatas coletoras, serve para mover pólen. Na tuba das patas coletoras fica o lavatório para o óleo: corbícula, espécie de pote. Ainda no terceiro par fica o escorpião, com o qual a abelha recolhe o pólen e, trocando as patas, deposita-o com o centro na corbícula direita e com a direita na corbícula central.
Além disso, possui uma língua, também chamada de lígula, que move-se num canal formado pelas maxilas e os palpos labiais, terminando num tufo de pêlos que, como uma esponja, absorve o nectar da flor. Sua mandíbula e seu maxilar São órgãos responsáveis por amassar as escamas de cera que a abelha expele do abdômen, utilizadas depois para construir os favos. Têm também a função de abrir as anteras das flores - para extrair o pólen; varrer a colméia; e mutilar os inimigos.
Como órgão do olfato e do tato, seu par de antenas é extremamente sensível. Podem com elas “farejar” na escuridão, sendo inclusive, capazes de construir favos com perfeição geométrica.
São animais voadores e suas asas são formadas por duas membranas superpostas, reforçadas por nervuras ramificadas. Os pares de trás são menores e munidos de “ganchinhos”, com os quais a abelha, durante o vôo, prende as duas asas formando uma só.
No abdômen e no tórax, observa-se a presença dos aparelhos:
· digestivo (tubo faringiano, o esôfago e o estômago ou papo);
· circulatório e o respiratório (o sangue é incolor e circula com as contrações do coração, pela aorta e pelo vaso dorsal;
· os estigmas - orifícios por onde respiram os insetos.);
· reprodutivo masculino (os órgãos sexuais masculinos terminam na face dorsal do penúltimo anel da crosta) ou o feminino (um par de ovários, um oviduto e um receptáculo seminal).
Enxergam através de olhos compostos. Dois grandes olhos localizados na parte lateral da cabeça são formados por estruturas menores denominadas omatídeos, cujo número varia de acordo com a casta, sendo bem mais numerosos nos zangões do que em operárias e rainhas (Dade, 1994). Possuem função de percepção de luz, cores e movimentos. As abelhas não conseguem perceber a cor vermelha, mas podem perceber ultravioleta, azul-violeta, azul, verde, amarelo e laranja (Nogueira Couto & Couto, 2002). Os olhos compostos - um de cada lado da cabeça de superfície hexagonal, permite uma visão panorâmica dos objetos afastados, aumentando-os 60 vezes. Alem destes possuem olhos simples ou ocelos, que estruturas menores, em número de três, localizadas na região frontal da cabeça formando um triângulo. Não formam imagens, mas têm como função detectar a intensidade luminosa.
SISTEMA DE DEFESA
Como qualquer animal, possuem seu próprio e aperfeiçoado sistema de defesa. A abelha operária (ou obreira), preocupada com sua própria sobrevivência e encarregada da proteção da colmeia como um todo, tem um ferrão na parte traseira para ataque em situações de suposto perigo. Esse ferrão tem pequenas farpas, as quais o fixam na pele do invasor.
Quando uma abelha se sente ameaçada, ela utiliza o ferrão no invasor que estiver por perto. Depois de dar a ferroada, ela tenta escapar e, por causa das farpas, a parte posterior do abdômen onde se localiza o ferrão fica presa na pele do mesmo e, em casos onde o mesmo possui pele muito elástica (a do ser humano, por exemplo) a abelha perde uma parte do intestino, morrendo logo em seguida. Já ao picar insetos, a abelha muitas vezes consegue retirar as farpas e ainda sobreviver.
No ser humano a ferroada é muito dolorosa, e a sensação instantânea é semelhante a de levar um choque de alta voltagem. Seu ferrão é unido a um sistema venenoso que faz com que a pele da vítima inche levemente na região (cerca de 2 cm ao redor), podendo ficar avermelhada, dolorida e coçando por até dois dias. Esse veneno é produzido por uma glândula de secreção ácida e outra de secreção alcalina embutida dentro do abdômen da abelha operária. O veneno, em concentração visível, é semitransparente, de sabor amargo e com um forte odor. Não costuma causar sérios danos a vítima, mas pode ser mortal quando trata-se de pessoa alérgica a sua composição.