AS ABELHAS NO MUNDO



Pertencentes a ordem Hymenoptera, a super família Apoidea, subgrupo Anthophila, abelha é a denominação comum de vários insetos, de certa forma aparentada das vespas e das formigas. Inseto laborioso, disciplinado, convive num sistema de extraordinária organização. Foi catalogado no mundo cerca de vinte mil espécie diferentes
São conhecidas há mais de 40.000 anos. A apicultura, a técnica de explorar racionalmente os produtos das abelhas, existe desde o ano de 2400 a.C. e os egípcios e gregos desenvolveram as rudimentares técnicas de manejo que só foram aperfeiçoadas no final do século XVII por apicultores como Lorenzo Langstroth (ele desenvolveu as bases da apicultura moderna). 
De acordo com seus hábitos, ou outras conveniências, podem ser classificadas em três categorias: sociais, solitárias e parasitas.
Abelhas sociais - são as que vivem em enxames, isto é, em grande número de individuos no mesmo ninho, e onde haja divisão de trabalho e separação de castas. As castas são os membros da colméia, normalmente uma rainha, zangões e operárias. Embora sejam a minoria dentre as várias espécies, trazem em si o que realmente caracteriza a essência do reino das abelhas.
Abelhas solitárias - são as que vivem sozinhas e morrem antes que seus filhos atinjam a fase adulta. Constroem ninhos no chão, em fendas de pedras e árvores, em madeira podre ou em ninhos abandonados de outros insetos. Normalmente as fêmeas fecundadas preparam cuidadosamente o ninho, suprem cada célula com uma quantidade adequada de alimento preparado é base de pólen e mel, e colocam o ovo sobre essa camada de alimento. Então fecham cada célula, fecham o ninho por fora e vão embora.
Abelhas parasitas - Uma abelha somente parasita outra abelha e utiliza-se apenas do trabalho e do alimento que o hospedeiro armazenou. Na maioria dos casos, o parasita invade os ninhos, coloca seus ovos nas células já prontas e aprovisionadas pelo hospedeiro e deixa que seus filhos se desenvolvam aos cuidados deste. Em alguns casos, o parasita passa a conviver com o hospedeiro e pode, até mesmo, desenvolver algum tipo de trabalho em conjunto.
Um outro tipo de parasitismo interessante é encontrado num gênero de abelhas(Lestrimelitta, conhecida popularmente por abelha-limão) socialmente bem evoluídas. As espécies deste grupo (duas) constroem seus próprios ninhos, porém o material de construção e as provisões são roubadas de outros ninhos de espécies afins, como jatitubiba, abelha-canudo, etc. Essas abelhas saem em grande número, pois suas colônias chegam a ter milhares de indivíduos, invadem o ninho das outras e daí levam o material que necessitam. Esses ataques duram, às vezes, vários dias, e muitas abelhas morrem.
Outro aspecto peculiar é que esses parasitas passam a defender o ninho conquistado contra pilhagens ou parasitas secundários, enquanto levam o material roubado. As abelhas-limão são tão bem adaptadas a este comportamento que sequer possuem as corbículas (Orgão situado no último par de pernas destinado à coleta de pólem). 
Das que mais se prestam para a polinização, ajudando enormemente a agricultura, produção de mel, geléia real, cera, propolis e pólen (os principais produtos apícolas), são as abelhas pertencentes ao gênero Apis, com destaque para a apis mellifera, a mais utilizada na apicultura moderna.
Outros tipos de abelhas muito importantes são as da tribo Meliponini. Conhecidas como “abelhas sem ferrão” o grupo ocorre nas zonas tropicais e subtropicais do planeta, em particular na Austrália e zona circundante, e na América do Sul. A maioria não produz mel mas o grupo tem grande importância na polinização da flora dos seus ecossistemas. Na África, algumas espécies são valorizadas na medicina local.
Como o nome vulgar indica, as abelhas meliponíneas não têm ferrão, mas defendem as colméias agressivamente, e por mordida. Algumas espécies, nomeadamente as do gênero Oxytrigona como a tataíra, segregam substâncias tóxicas nas mandíbulas que produzem mordidelas dolorosas.
As abelhas sem ferrão dos gêneros Trigona, Melipona e Austroplebia produzem mel e são criadas em cativeiro, de forma racional. Este tipo de criação é conhecido como “meliponicultura”.


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